© 2015 - Acervo Pessoal / Marcelo Barroso |
A coleção, intitulada Lendas Brasileiras do Automobilismo, terá alguns dos carros usados pelos pilotos brasileiros que passaram pela categoria, desde os anos 50 até os dias de hoje. No total, serão 60 miniaturas de metal, todas na escala 1:43.
A partir de hoje, estou abrindo um espaço aqui no blog para que alguns leitores, convidados por mim, possam contar um pouco da história destes carros incríveis. O texto de abertura é de Marcelo Barroso, da cidade de Guarulhos, em São Paulo. Espero que gostem. :-)
O McLaren MP4-4 foi um dos carros mais bem-sucedidos da história da Fórmula 1. O conjunto mecânico, muito confiável, monopolizou a disputa do campeonato de 1988 apenas entre os pilotos da equipe, Ayrton Senna e Alain Prost, naquela que se tornou uma das temporadas mais monótonas da categoria. No total, o modelo somou 15 vitórias em 16 corridas e foi o último a vencer uma prova e um campeonato com motores turbo. No ano seguinte, todas as equipes voltariam a usar motores aspirados.
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O McLaren MP4-4, equipado com motor Honda, está entre os carros mais vencedores da história da Fórmula 1 |
Senna e Prost tiveram algumas disputas na pista, tanto em ultrapassagens quanto em tempos de voltas mais rápidas. Nas disputas pelas poles, Senna levou a melhor, mas demorou a se firmar no campeonato e o título foi decidido a favor do brasileiro após o GP do Japão, pela exclusão de resultados, conforme o regulamento da época, em que apenas os 11 melhores resultados entravam na contagem de pontos. Em números absolutos, Prost teria ganho, pois marcou mais pontos. Senna tinha uma vitória a mais, mas tinha menos segundos lugares e uma desclassificação.
A única vez em que os dois carros não pontuaram e não terminaram a prova foi no GP da Itália, em Monza, que rendeu à Ferrari a única dobradinha do ano para a equipe de Maranello, um mês após a morte do Comendador Enzo Ferrari. Tudo começou bem como o previsto, com as McLaren dominando a ponta até que, na volta 34, Prost foi traído pelo Honda V6 e ficou pelo caminho.
A duas voltas do fim, foi a vez da sorte de Senna sair de cena, quando se envolveu em uma ultrapassagem desastrada com o francês Jean-Louis Schlesser, da Williams, substituto de Nigel Mansell apenas naquela corrida. O acidente terminou com o brasileiro encalhado em cima da zebra alta da chicane, deixando a vitória de presente para Gerhard Berger, com Michele Alboreto e Eddie Cheever completando o pódio.
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Nos dois casos, os pilotos ficavam na posição que era a mais deitada possível dentro do cockpit. Por pouco, não ficou pronto a tempo para o início do campeonato de 1988, sendo apresentado nos testes em Ímola no último dia da pré-temporada. O atraso se deu em razão das tentativas de colocar em prática as ideias de Murray, tendo o desenvolvimento começado ainda em 1987. Todos os seis chassis, produzidos em fibra de carbono com ajuda da Hercules, ainda existem e hoje pertencem à McLaren, à Honda, a colecionadores particulares e a museus de automóveis.
Marcelo Barroso é paulistano de nascimento, funcionário público e mora em Guarulhos (SP). Tem como paixões a velocidade e a música. Segue a Fórmula 1 desde os anos 80 e acompanha outras categorias também, além de compartilhar com amigos amantes das corridas opiniões e lembranças sobre os melhores anos do esporte motor.
Ótima ideia, Alexandre! Excelente texto, Marcelo! Nunca me esqueci das duas voltas do fim, quando a sorte de "Senna sair de cena"... Não estou fazendo essa coleção: parece que não veio para o Distrito Federal :-((((
ResponderExcluirMuito legal essa ideia de convidar leitores, e o Marcelo surpreende positivamente com um excelente texto, eu assinei a coleção dos 60 carros e vou receber em casa..rsrs
ResponderExcluirObrigado Mário!! Também estou seguindo a coleção, comprando os exemplares em banca.
ResponderExcluirAcho que estão lançando a coleção aos poucos, Lucia. Por se tratar de um produto que não é barato - embora não custe uma fortuna -, não dá para lançar no país inteiro, levando em consideração o desinteresse geral da população pelo automobilismo. Mesmo nas cidades onde a coleção está disponível, não duvido nada que vai ter muita gente comprando apenas alguns carros, somente para ter "um carrinho do Senna em casa".
ResponderExcluirO texto ficou excelente, Marcelo.
ResponderExcluirTomara que chegue por aqui. Concordo com você, Alexandre. Essas coleções longas muita gente desiste. Só quem gosta mesmo e esse público está cada vez menor.
ResponderExcluirObrigado Lúcia!
ResponderExcluirTanto é verdade que os três primeiros números são carros quebo Ayrton pilotou,duas McLaren inclusive.
ResponderExcluirAinda nâ esgotaramnos #1 e 2 e já vi o #3 nas bancas...se sobrar muito quem save??
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