quarta-feira, 11 de março de 2015

E a Fórmula 1 se encanta com Jean Alesi

No dia 11 de março de 1990, há exatos 25 anos, os fãs do automobilismo testemunharam um dos mais inesquecíveis duelos da história da Fórmula 1. Foi no GP dos Estados Unidos, em Phoenix, quando o francês Jean Alesi, correndo pela Tyrrell, não apenas liderou a corrida durante 34 voltas, como deu muito trabalho a ninguém menos do que o então campeão Ayrton Senna.

Aproveitando o lado limpo da pista, Alesi, largando em quarto, se deu bem e assumiu a liderança de imediato. Senna pulou para a quarta posição, atrás de Gerhard Berger e Andrea de Cesaris. Entusiasmado com a posição de destaque, Alesi mantinha um ritmo assombroso. Senna, depois de assumir o segundo lugar, começou a reduzir a diferença para o piloto francês, até a primeira tentativa de ultrapassagem, na 34ª volta, retardando a freada até onde era possível, no final da reta dos boxes. Alesi não se rendeu e, na curva seguinte, reassumiu o primeiro lugar, dando um troco capaz de deixar qualquer um em pé na arquibancada ou diante da TV.

Na 35ª volta, a briga entre os dois ganha seu auge, mas a fragilidade do Tyrrell 018, somada à menor resistência dos pneus Pirelli em relação aos da Goodyear, não resistiu à supremacia da McLaren MP4-5B de Senna, que ultrapassou Alesi fazendo a mesma manobra, deixando-o do lado de fora da curva e permanecendo como líder até a bandeirada final, conquistando assim a 21ª vitória de sua carreira.

Para o francês, a corrida ficou marcada não só por ter sido um dos melhores momentos de sua carreira na Fórmula 1, ainda no começo, como também por ter sido palco de seu primeiro pódio na categoria, ao terminar em segundo lugar, seguido por Thierry Boutsen, da Williams. Foi um exemplo digno do automobilismo em sua essência, bem do jeito que a gente gosta. Bons tempos aqueles.

2 comentários :

  1. Muito bom, Alexandre. Esses exageros distorcidos não devem mesmofazer bem pra ele, deixá-lo descansar em paz :-(

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  2. Tem razão...transformar em divindade diminui o mérito e distorce de fato a verdadeira imagem dele que era fantastico, mas como todos era humano e sujeito a falhas.

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